Por Nádia P. S. Almeida
Graduanda do curso de Pedagogia – UnB/UAB - 2010
SHECHTMAM, S. Aprender e ensinar / ensinar e aprender. 2001.
O texto a ser resenhado é uma adaptação da dissertação de mestrado de 
Sheila Schechtman (2001) intitulado “Aprender e ensinar / ensinar e 
aprender”.
Shechtmam (2001) começa o texto falando que todo organismo vivo tem 
competência e desejo pelo aprender e pelo realizar-se, ou seja, existe 
no ser a dualidade aprender/ensinar.
A autora, citando Edgar Morin diz que os mamíferos jovens são motivados
 por uma “pulsão exploratória” ou “cognição” que podemos chamar de 
“curiosidade” que normalmente vem recheada pelo desejo de conhecer, 
acumulada de conhecimento e de prazer de conhecer (o novo!). No meio 
animal a finalidade desta curiosidade é a sobrevivência e a reprodução 
da espécie, no entanto no homem, ao longo do tempo e do espaço, a 
curiosidade se transformou em investigação e curiosidade intelectual o 
que vem determinando o seu desenvolvimento e seu aprendizado, para isso,
 o sujeito precisa, antes de tudo, ser crítico, disposto e curioso para 
alcançar o conhecimento.
Pensando nisso o que se percebe é que melhor ferramenta para se 
trabalhar com a educação é instigar a curiosidade do aluno através de 
estímulos que o faça arriscar-se e manter-se curioso para que esteja em 
uma eterna busca pelo seu próprio conhecimento. Dessa forma há a 
superação de efeitos negativos do ensinar, tão presente no nosso meio 
educativo. A autora chama esse sujeito de construtor-reconstrutor.
Neste sentido, o aprender envolve momentos de equilíbrio-desequilíbrio 
para uma acomodação-adaptação posterior através de uma movimentação 
espiral (pois sempre acrescenta algo novo), constante e dialógica 
envolvendo o sujeito completo (corpo, mente e cérebro) onde o desejo e a
 intencionalidade pressupõe uma aprendizagem significativa e individual,
 no entanto o ato de aprender de uma determinada pessoa envolve o outro,
 uma vez que quem aprende, aprende algo com alguém, em algum lugar e com
 o mundo a sua volta, logo essa ação não pode ser solitária ou isolada, 
diante disso, a aprendizagem precisa ser individual conquanto seja 
influenciada ela coletividade.
Diante disso entendemos quando Paulo Freire fala sobre o professor como
 mediador, onde se entende que o professor para ser mediador está em uma
 posição entre o aprendiz e sua aprendizagem.
O professor mediador é aquele que busca conhecimento para se capacitar 
enquanto educador fazendo-se aprendiz para ensinar e entende que é um 
mediador, um facilitador, um incentivador da aprendizagem do aluno, 
entende, também, que não há mediação sem participação ativa dos 
envolvidos, para isso apresenta seu conteúdo de diferentes maneiras para
 que seu aluno possa colher informações, discutir, até que se chegue a 
produção do conhecimento significativo.
Nesta perspectiva, a autora diz que o papel do mediador é incentivar 
seu aluno a descobrir por si mesmo, a criar, recriar, criticar, refletir
 e ser autodidata, para que isso aconteça de forma natural é preciso que
 o mediador tenha afeto e autoestima por seu aluno, além de dominar o 
conteúdo a ser apresentado, organizar e dirigir situações de 
aprendizagem, trabalhar em equipe e administrar sua própria formação.
Shechtmam (2001) termina o texto falando dos quatro pilares da educação
 propostos por Jacques Delors em seu relatório para a UNESCO, onde o 
primeiro é o aprender a conhecer, que visa o domínio dos instrumentos do conhecimento (capacitação), em seguida vem o aprender a fazer, que é a preparação para a atuação pedagógica, depois o aprender a viver junto sabendo como enfrentar e resolver situações de tensão e conflito através do “diálogo”, e o último é o aprender a ser, que visa o desenvolvimento do sujeito total a nível intelectual e sentimental seja individual ou social.
O texto de Shechtmam (2001) é importante para profissionais da aera de 
educação, formados ou em formação que pretendem se capacitar e/ou se 
aperfeiçoar para a atuação pedagógica e objetivam ver mudanças 
significativas no processo de aprendizagem de cada aluno a nível 
individual, mas também a nível da coletividade social.     
Textos como este tem aguçado o meu interesse e curiosidade por aprender
 cada vez mais sobre a atuação pedagógica para que eu possa ser uma 
mediadora que provoca a curiosidade de meus futuros alunos. Sou Nádia P.
 da S. Almeida, acadêmica do Curso de Pedagogia da Universidade de 
Brasília – UnB/UAB.
Parabéns gostei muito....
ResponderExcluirMarcy.
Obrigada Marcy!
ResponderExcluirAbraços!
Nádia
Ótimo texto,
ResponderExcluirparabéns!
Obrigada Emerson!
ResponderExcluirFico extremamente lisonjeada com um elogio vindo de você!!
Se der, leia os outros textos!
Saudades!
Nádia
Oi Nádia. É muito bom ver nosso trabalho dando frutos. Seu resumo está excelente. Obrigada
ResponderExcluirSheila
Olá profª. Sheila!
ResponderExcluirEsse foi um dos textos que desenvolvi durante a disciplina!
Fiquei muito feliz com o seu comentário!
Muito obrigada!
Nádia